A tecnologia tem se mostrado uma importante aliada da saúde pública em Minas Gerais. Desde 2024, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) incorporou as teleconsultorias em oito macrorregiões, com o objetivo de capacitar as equipes e integrar a Atenção Primária à Saúde (APS) à Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), promovendo um cuidado mais resolutivo aos usuários do SUS.
Nesta quinta-feira (12/6), o evento “Telessaúde e Transformação Digital: Diálogos para o cuidado na rede SUS-BH”, realizado no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresentou as iniciativas em telessaúde em curso e os desafios enfrentados, reforçando a importância de ampliar o o a serviços por meio de ferramentas digitais.
Participaram da solenidade de abertura a secretária-adjunta de Saúde da SES-MG, Poliana Cardoso; a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad; a diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, Alamanda Pereira; e o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges.
Na ocasião, Poliana Cardoso destacou os avanços das teleconsultorias em Minas Gerais e reforçou o compromisso da SES-MG com a qualificação da rede e a melhoria dos processos de cuidado.
“Os resultados positivos já são evidentes. A iniciativa tem contribuído para ampliar a resolutividade da Atenção Primária e reduzir os gargalos da Atenção Especializada”, afirmou.
“Com as teleconsultorias, em especialidades como dermatologia, cerca de 80% dos casos têm sido resolvidos diretamente na APS, sem necessidade de encaminhamento para consultas presenciais. Apenas os pacientes com necessidade real estão sendo direcionados aos especialistas”, complementou.
A secretária Ana Estela Haddad apresentou o projeto SUS Digital e os resultados alcançados até o momento. “A telessaúde pode ajudar a reduzir as filas de espera para os serviços de saúde. Entre 2023 e 2024, foram mais de 4,6 milhões de atendimentos realizados por meio do SUS Digital”, destacou.
Tecnologia a serviço da saúde
As teleconsultorias permitem a discussão de casos clínicos e a troca de experiências entre profissionais por meio de plataforma digital. A ferramenta possibilita o esclarecimento de dúvidas, a qualificação do processo de trabalho e o aprendizado com casos semelhantes, com respostas às demandas em até 72 horas.
O projeto é executado pelo Núcleo de Telessaúde da Faculdade de Medicina da UFMG, Hospital das Clínicas e Fundação Lucas Machado (Feluma), com financiamento do Ministério da Saúde, via SUS Digital. A expectativa é expandir a iniciativa para todo o estado. No momento, foram priorizadas as macrorregiões Centro, Jequitinhonha, Norte, Noroeste, Nordeste, Leste, Leste do Sul e Oeste, conforme critérios epidemiológicos.
Desde a implementação, já foram realizadas 10.382 teleconsultorias — sendo 6.720 na Macro Centro e 1.064 no município de Belo Horizonte. Atualmente, 222 municípios mineiros participam do projeto.
A meta é alcançar 130 mil teleconsultorias em especialidades como Ginecologia, Obstetrícia, Mastologia, Pediatria, Endocrinologia, Dermatologia, Ortopedia, Urologia, Reumatologia, Proctologia, Cardiologia, Neurologia, Pneumologia, Gastroenterologia, Nefrologia e Geriatria.